Subversiva

subversiva
Você pode ler esse texto ouvindo: Who I Am – Nick Jonas and The Administration

Ela nada contra a maré. Nasceu errada, destinada a ser subversiva. Desde então, calçou seus sapatos e assumiu o drama, a loucura, a intensidade que às vezes a faz recobrar a própria sanidade e a dos outros a sua volta. Era difícil lidar com sua inconstância, mas uma honra receber seu mar de amor.

A melancolia é sua melhor amiga. Seus olhos brilham devido sua constante emoção e fé avassaladora na humanidade. No fim, eles são reflexo de seu coração nu. Ela não aprendeu a se apropriar de máscaras ou capas para se esconder. Se assumiu assim mesmo… Imperfeita! Chata! Mas dona de uma chatice revolucionária.

Ela devora sentimentos e vomita poesia. Tinha tanto dentro de si, que insistia em compartilhar. Compartilhava em versos. Compartilhava em afeto. Compartilhava com todos que faziam parte da sua vida. Ela semeava o que tinha de mais sincero no coração dos outros e nem sempre era fértil, mas ainda assim, continuava plantando.

Por onde passava, ela deixava um tanto. E levava também! Fazia como em João e Maria, largando rastros a cada passo que dava. Deixava lembranças, deixava risadas, deixava conselhos e frases de efeito. Mas carregava um pouco de cada pessoa que conhecia no meio da estrada dentro de si. No fim, era um conjunto da subjetividade de cada ser.

Ela não se encaixava em um mundo com tanta gente vazia, repleto de superficialidade. Mas persistia em romper as barreiras da individualidade. De tanto nadar contra a corrente, de tanto se arriscar onde não dava pé, de tanto se afogar… Tornou-se forte. Pois bem, dizem que um bom marinheiro só se faz em meio as tempestades.

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